Em pleno dia da independência dos Estados Unidos, Katie (Abbi Jacobson) descobre que seu irmão, Seth (Dave Franco), teve uma recaída com a heroína enquanto a filha de dois anos está sob seus cuidados.
Gênero: Drama || Duração: 1h 14m || Lançamento: Abriu 2018 || Elenco: Dave Franco , Abbi Jacobson... ||+14
Esse era um filme que assiste sem a intenção de falar dele aqui no blog, principalmente por ser um filme difícil de resenhar.
Mas deixei nos stories uma enquete e foi escolha de vocês (que me seguem no instagram) que esse filme fosse resenhado, e aqui estou para cumprir minha palavra... Vamos lá então.
É dia da independência nos Estados Unidos e aniversário do namorado de Katie. O filme começa com Katie e sua mãe comprando os balões e tudo mais para uma festa de aniversário. Sua mãe comenta algumas vezes sobre o filho, Seth (irmão de Katie) diz estar preocupada, pois enviou um presente para a filha de Seth e ele não ligou agradecendo, nem respondeu as suas cartas... Enfim.
Tudo está preparado para a festa. Então Katie vai até a casa (ou seja lá o que for aquilo) do irmão para levar ele e a filhinha de 2 anos para o aniversário. Assim que Seth entra no carro Katie percebe que algo está errado. E não precisa nem mesmo perguntar para saber que ele teve uma recaída. Sabendo que o irmão precisa ser levado para uma clinica de desintoxicação, ela pede para deixar a criança em casa, mas Seth não aceita, pois não quer que seus país saibam o que está acontecendo. Sendo assim eles partem em busca da clinica. Era uma tarefa simples, deixar o irmão na clinica, onde ele ficaria por 10 dias e pronto, mas o plano de saúde de Seth acaba não cobrindo sua internação.
A noite acaba virando um pesadelo para Katie, com Seth tendo uma crise de abstinência do seu lado e a criança presenciando tudo aos prantos do banco de trás do carro sem entender absolutamente nada do que está acontecendo ao seu redor. No mesmo instante Katie ainda recebe o vídeo do namorado na festa surpresa procurando por ela para agradecer por dar à ele sua primeira festa de aniversário.
O filme tem cenas fortes, cruas, e carregadas emocionalmente. Tenho três cenas que não saem da minha cabeça, mas vou falar só duas para vocês.
A primeira é do momento em que Seth atinge o limite do seu desespero por mais uma dose de heroína, ele começa a gritar de dor, se retorcendo ao lado da irmã dentro do carro, enquanto sua filha do bando de trás começa a chorar sem entender nada e no meio disso tudo está Katie pedindo para a criança cantar uma canção para se acalmar.
A segunda é quando os três estão no banheiro de uma farmácia, Seth está usando o banheiro para injetar a heroína e Katie está do lado de fora trocando a fralda da criança. Essa cena realmente é tensa e de doer o coração.
Em vários momentos temos uma narradora (que na minha opinião é como se fosse a voz do subconsciente de Katie, entendem?) que fala mais sobre ela, sobre suas tentativas frustrantes e fracassadas de salvar o irmão. O que deixa a entender que ela é a única que realmente ainda se preocupa com ele e que de fato todos esses acontecimentos já foram vividos por eles mais de uma vez, até mesmo na cena que ela vai até o local dos usuários de drogas para comprar a heroína para o irmão, entendemos que ela de fato já cedeu outras vezes. Só que dessa vez tudo tornou-se ainda mais difícil por estar sendo vivenciado por uma criança inocente que necessita dos cuidados de um pai saudável e sóbrio.
É evidente o quanto Katie ama o irmão, que ela deixa de viver a própria vida para ajudá-lo. É como se Seth fosse somente sua responsabilidade.
O filme não vai falar de superação, não era o que eu esperava. Eu realmente pensei que seria uma história de superação, mas me enganei legal. A história é mais voltada para Katie e no final do filme isso fica muito claro.
Uma coisa que me incomodou bastante é o fato da criança presenciar tudo, na minha opinião toda emoção do filme está no fato da criança estar naquela situação caótica e não tem lógica uma pessoa levar uma criança tão indefesa e inocente para o meio disso tudo.
Tem um momento que Katie deixa o irmão em um taxi e pede para que ele seja levado para uma certa clinica, depois disso ela vai para casa, deixa a criança no banco de traz do carro dormindo, pede para alguma de suas amigas cuidarem da menina enquanto ela troca de roupa... Ela simplesmente, toma banho, troca de roupa, diz a mãe que vai comprar o bolo aí recebe uma ligação obviamente sobre Seth, então ela entra no carro (a criança ainda lá dentro) e vai em busca do irmão. Essa parte me incomodou horrores, pois qualquer pessoa teria deixado a criança sob o cuidado dos avós.
Então claramente a criança foi colocada ali no meio daquela situação toda para deixar tudo mais dramático. Me perguntei diversas vezes "Onde está a mãe dessa menina?, Quem é a mãe dela?, Por que ela está sob os cuidados de um pai totalmente desestruturado?" Foram pontas importantes que ficaram soltas. Meu incomodo no geral foi a criança, foi a falta de importância que ela teve no filme, qualquer pessoa consegue notar que ela foi usada para deixar a história mais dramática.
A atuação dos atores está simplesmente maravilhosa, eles realmente arrasaram, principalmente Dave Franco nas mudanças de humor do personagem de forma bem realista, ele deu vida ao personagem.
Tanto Abbi quanto Dave são atores conhecidos por atuarem em filmes de comédia, então é impressionante como se dedicaram e mesmo saindo de suas zonas de conforto eles mandaram muito bem.
Enfim...eu admito que esperava mais do filme, esperava mais profundidade, mais emoção, mas todavia entretanto também devo admitir que o filme é bom... Recomendado!
OBS: Eu vi muitas resenhas e até sinopses dizendo que a criança no filme é filha da Katie, mas gente, acho que essas pessoas não devem ter visto o filme. A menina é filha do rapaz, filha do Seth e não da Katie.
O filme está disponível na Netflix!
TRAILER
Ola
ResponderExcluirResenha interessante, já tinha visto o cartaz mas não tive a oportunidade de assistir, e realmente, colocar uma criança ali não sei se foi correto, ou o que eles realmente queriam com isso, passar que ele teria que ter responsabilidade e fracassou? ou seria outra coisa?
Enfim, vou anotar a dica para uma outra oportunidade.
Bjus
Oi Taty, que filme incrível, eu não conhecia. Acho que a carga emocional maior é por conta da criança estar presente, é triste, mas é uma realidade na vida de muitas crianças por este mundo a fora. Drogas é sempre um assunto delicado mas que precisa ser mostrado, e acho que quanto mais chocante, melhor.
ResponderExcluirAdorei a dica e vou procurar o filme, será que tem na Netflix?
Bjos
Vivi
http://duaslivreiras.blogspot.com.br/
Que tema pesado! Não sabia sobre o filme, porém quero assistir para saber como termina e de que forma esse assunto foi tratado. Adorei a dica <3
ResponderExcluirSai da Minha Lente
Acho que ele mexe mais com o lado psicológico, na minha opinião.
ExcluirMas assiste e me conta depois.
Olá!
ResponderExcluirRealmente, parece ser um livro bem tenso e intenso. Gostei muito da sua resenha sobre ele e sua sinceridade nela. Mas confesso que não senti nenhuma vontade de assistir. Primeiro porque eu não sou muito fã de filmes apenas dramáticos (quando junta com um romance ainda vai), segundo por conta dos pontos que destacou como negativos.
Passo a dica.
Abraços
Filme flor.
ExcluirQue bom que gostou da resenha, fico muito feliz.
Uma pena que não gosta do tipo de filme. Eu amo dramas, com ou sem romance kkkk, mas é claro que com um romance fica mais legal.
Meu Deus, esse filme parece muito forte, mas muito bom. Não acredito que está no Netflix e não apareceu para mim em nenhum momento.
ResponderExcluirVou super assistir e prometo que volto aqui pra gente debater hehehe
Beijos,
Luisa
www.degradeinvisivel.com.br
Ele é lançamento da netflix, saiu a pouco tempo hahhaha.
ExcluirDepois me conta o que achou heim.
Acho que esse filme ia me deixar doida. Não acho mesmo nem um pouco verossímil andar com essa criança por aí, arriscando sua integridade, sendo que tinha alguém responsável que poderia ter cuidado dela. Eu ficaria indignada e ia morrer de agonia, então acho melhor nem me arriscar assistindo. Que bom que gostou do filme mesmo com o fato de usarem a criança pra aumentar a dramaticidade.
ResponderExcluirEu fiquei agoniada e com raiva em diversos momentos, mas o que gostei no filme foi o quão realista ele é, sem maquiagem sabe? Ele realmente mostra o que acontece no mundo real, o problema foi colocar uma criança para deixar mais dramático, mas ainda acho que vale a pena ver o filme.
ExcluirOlá!
ResponderExcluirNão conhecia esse filme e gostei da premissa, mas esse final ai me deixou com um grande receio. Como gosto muito de drama acho que mesmo com receio pegaria pra assistir. Gosto quando essa intensidade me tira da zona de conforto.
Beijos!
Camila de Moraes
Realmente o filme também me tirou da zona de conforto. Mas eu acho que é um filme ótimo para jovens, para que vejam o quão dificil e sofrido é ser dependente dessas substâncias que destroem que vc é de verdade, destrói família, destrói tudo.
ExcluirNão conhecia o filme, mas pela sua resenha já fiquei com muita raiva do diretor, dos retoristas. Esse negocio de usar crianças para dar mais carga emocional no espectador é bravo. Quando eu percebo isso já tomo logo ranço do filme.
ResponderExcluirRevoltante mesmo. Menina, eu me preocupei o tempo todo com aquela criança, queria saber se ela já tinha se alimentado, se estava com sono, enfim... Terrível mesmo.
ExcluirOi Taty, vendo sua resenha sobre o filme seis balões, e muitas outras na internet pra ser sincera, eu não sei se eu tive uma interpretação muito errônea do filme, ou o quê, mas eu achei ele simplesmente fantástico!
ResponderExcluirMe fez refletir muito. No meu entendimento, todo o filme (e isso pra mim ficou bem evidente com a narrativa ao fundo) se resume em nos fazer refletir que nós escolhemos entrar ou "embarcar" em muitas situações problemáticas e cabe somente a nós sair delas. No final a narrativa diz algo como: "capítulo 10: Sempre vai haver um barco no fim do cais, mas convença-se de que pode escolher se vai ou não embarcar".
Eu interpretei que há vários barcos parados no cais , uns furados, outros não, cabe a nós a escolha de em qual barco vamos embarcar. Isso é, no decorrer da vida nos deparamos com pessoas más e situações problemáticas, mas cabe a nós a escolha de nos envolvermos, ou não.
A gente fica esperando muito a reviravolta, a superação do ator, viciado em drogas, mas na verdade o filme gira em torno da atriz, da superação dela, da escolha de sair desse barco furado que tá afundando a vida dela.
A presença da garotinha em toda aquela situação é realmente agoniante, mas acredito que deu um tom bem realista ao filme. E pensando por esse lado mais reflexivo do filme talvez possa ser interpretado como: "Às vezes embarcamos em barcos naufragando e levamos juntos pessoas que não mereciam estar ali. É justo isso?"
Eu não sabia que eles são atores de comédia. Já tinha achado fantástica a atuação deles no filme, agora então!rs
Desculpa minha invasão no blog, mas é que pelo que li por aí, acho que pelo filme chocar muito, as pessoas acabam não dando muita ênfase a esse lado mais reflexivo dele, por isso achei interessante compartilhar contigo essa minha interpretação. A propósito conheci seu blog agora, em busca de comentários sobre o filme, e adorei! :)