Título: O Ceifador (Scythe #1)
Autor: Neal Shusterman
Páginas: 448
Editora: Seguinte
Estrelas: 5/5
Livro: Cedido pela Editora
Primeiro mandamento: matarás.
A humanidade venceu todas as barreiras: fome, doenças, guerras, miséria... Até mesmo a morte. Agora os ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, impedindo que o crescimento populacional vá além do limite e a Terra deixe de comportar a população por toda a eternidade. Citra e Rowan são adolescentes escolhidos como aprendizes de ceifador - papel que nenhum dos dois quer desempenhar. Para receberem o anel e o manto da Ceifa, os adolescentes precisam dominar a arte da coleta, ou seja, precisam aprender a matar. Porém, se falharem em sua missão ou se a cumplicidade no treinamento se tornar algo mais, podem colocar a própria vida em risco.
“É a coisa mais difícil que se pode pedir a alguém. E saber que é para um bem maior não a torna mais fácil. Antigamente, as pessoas morriam de causas naturais. A velhice era uma doença terminal, não um estado temporário. Havia assassinos invisíveis chamados doenças que destruíam o corpo. O avanço da idade não podia ser revertido e existiam acidentes dos quais não havia recuperação. Aviões caíam. Carros colidiam. Havia dor, sofrimento, desespero. É difícil para a maioria de nós imaginar um mundo tão inseguro, com perigos invisíveis e inesperados à espreita em todos os lugares. Agora que tudo isso ficou para trás, só nos resta um dado simples: as pessoas precisam morrer.”
A Era
da Mortalidade é apenas um passado bem distante nesse novo mundo distópico,
pois agora não existe mais guerra, fome, doença, corrupção, e principalmente, a
morte. Tudo isso acabara em 2042, o ano em que a humanidade descobriu tudo. A
Nimbus- Cúmulo, uma rede digital que ganhara consciência, assumiu o poder no
mundo inteiro. Agora tudo que há para saber reside na memória semi-infinita da
Nimbus, disponível para quem quiser acessar. E assim como o conhecimento e o
desenvolvimento da civilização se completara, a imortalidade finalmente fora
alcançada, se um humano se machucava, seus Nanitos (micro - robôs que ficavam
dentro do corpo humano para sensoriar, inspecionar e executar procedimentos médicos
no interior do corpo), eram ativados fazendo com que o corpo fosse curado
rapidamente. Também havia o centro de revivificação, onde as pessoas que
sofriam uma semi-morte e acordavam da cura acelerada, esse procedimento era ainda
melhor, pois era uma terapia genética que conseguia fazer o ser humano
rejuvenescer.
Embora
o Mundo estivesse perfeito, a população continuava crescendo, e para que a
capacidade da Nimbus pudesse sustentá-los, um certo número de pessoas precisava
ser coletada, ou seja, morrer, a cada ano. Com isso, surge a Ceifa, uma
Fundação de Ceifadores que treinaria os humanos escolhidos para o trabalho de
coletar as pessoas de maneira rápida e indolor. Mas é claro, havia regras a
serem rigidamente seguidas, pois eles não poderiam apenas coletar.
Cada
ceifador possuía um diário, para registrar tudo o que fazia, um manto, qualquer
cor poderia ser escolhida, menos preto, pois era considerada inadequada para o
trabalho deles. Luminosos e iluminados, eles eram vistos como a nata da
humanidade e esse era o motivo pelo qual eram escolhidos para o trabalho. O seu
estilo único, fosse qual fosse o tecido ou a cor, os tornava fáceis de
identificar e também de evitar- quando se queria evitar. Muitos eram os que se
sentiam atraídos por eles, considerados até mesmo, como celebridades, sendo
famosos pelo modo com coletavam.
A Nimbus tinha o controle sobre tudo, pois ela
via, ouvia e mantinha todos os registros na rede, menos sobre a Ceifa. Cada
Ceifador possuía um anel, que poderia ser utilizado para dar imunidade por um
ano àqueles que mostrassem gentileza a eles.
“Devemos, por lei, manter um registro de todos os inocentes que matamos. E, a meu ver, todos são inocentes. Mesmo os culpados. Todo mundo é culpado de alguma coisa e todo mundo ainda guarda uma memória da inocência da infância, não importa quantas camadas de vida a cubram. A humanidade é inocente; a humanidade é culpada; ambas as afirmações inegavelmente verdadeiras.”
Bom,
agora que já contei a você sobre esse mundo distópico e os ceifadores. Vamos
conhecer alguns dos personagens mais incríveis que eu tive o prazer de conhecer...
Primeiro,
o Honorável Ceifador Faraday, um senhor de sessenta anos, muito conhecido pelo
seu trabalho como ceifador. Ele nunca deixou de se importar com a humanidade e
sempre ao coletar, tinha compaixão pelos escolhidos. E essa era uma das regras
na Ceifa, nunca sentir prazer ao coletar. A cada ano, novos ceifadores eram
escolhidos para o trabalho, o ceifador deveria escolher apenas um aprendiz para
passar pelos três testes criados pela Fundação, porém Faraday decide escolher
dois, Citra Terranova e Roham Damisch,
A
maneira como os jovens conheceram o ceifador não fora nem um pouco agradável,
Faraday iria coletar a vizinha de Citra, mas acaba entrando na casa dos
Terranova, deixando todos assustados, pensando que o ceifador iria coletar a
mãe de Citra.
Mesmo
com medo, Citra confronta o ceifador, o que acaba divertindo-o, pois as pessoas
que ele visitava sempre o bajulavam querendo imunidade. Mas por conta da gentileza
da família, Faraday concede a sua mãe imunidade por um ano, contudo ele enxerga
algo em Citra e que a tornaria uma ótima ceifadora.
O
mesmo ocorre com Roham, que decide ficar ao lado de Kohl, um colega de classe
que ele mal conhecia, no momento em que Faraday iria coletar o rapaz na sala do
diretor da escola enquanto todos estavam assustados demais para ficar.
Impressionado com os dois jovens, Faraday marca um encontro e expõe a sua
proposta de que eles se tornem seus aprendizes. Contudo, apenas um poderá
receber o anel no grande dia, enquanto o outro retornará a sua vida normal.
“-Lembrar do quê? - Que o ceifador é apenas o instrumento da morte, mas é a mão de vocês que me move. São vocês, seus pais e todas as outras pessoas neste mundo que controlam os ceifadores. - Então depositou a faca delicadamente nas mãos dela. - Somos todos cúmplices. Vocês precisam dividir essa responsabilidade.”
Ambos
possuem forte fibra moral, e é isso que os torna perfeitos para o trabalho, mas
as suas escolhas para aceitar a proposta são totalmente opostas. Enquanto Citra
quer aceitar para salvar seus pais e seu irmão mais novo, Ben, Roham nunca fora
querido na sua família, e o acontecimento na escola tornou a sua vida um
tormento, pois todos o odiavam por pensarem que ele mandara Faraday matar Kohl
ao presenciar sua morte. Mesmo imaginando que nunca teriam a coragem para
coletar, os dois aceitam a proposta.
Por
um ano, Citra e Roham ficariam morando com Faraday e não poderiam manter
contato com a família até o teste final. Eles aprenderiam não apenas sobre
venenos, mas também artes marciais, a filosofia dos ceifadores, e às vezes,
precisariam presenciar as coletas do ceifador. Sabendo que são adversários, Citra
e Roham passam a competir um com o outro pela aprovação de Faraday, que também
começa a testá-los e a desafiá-los, tornando a história mais intensa e
envolvente.
“A nossa missão é, no mundo moderno, o que mais se aproxima de uma missão sagrada. Talvez seja por isso que devemos, por lei, manter um registro. Um diário público, explicando àqueles que nunca vão morrer e àqueles que ainda não nasceram o motivo por que nós, seres humanos, fazemos o que fazemos. Somos instruídos a anotar não apenas nossos atos, mas também nossos sentimentos, porque deve-se saber que temos sentimentos. Remorso. Arrependimento. Sofrimentos grandes demais para suportarmos. Porque, se não sentíssemos nada, que espécie de monstros seríamos?”
Apesar
de todas as regras da Ceifa, os ceifadores continuam sendo humanos, e o que
acontece quando o poder sobe a cabeça? Alguns se tornam cruéis e começam a
matar sem remorso. Como um grupo de quatro ceifadores comandados pelo famoso ceifador
Goddard, um homem belo, cruel e manipulador que possui a fama de coletar criando
um bizarro massacre. A corrupção não
existe mais sob o poder da Nimbus, mas no meio da Ceifa a história era bem
diferente.
Citra e Roham irão aprender da pior maneira a
realidade no meio dos Ceifadores, e o destino dos dois irá mudar drasticamente quando
um desses ceifadores sugerir uma nova consequência para o perdedor.
Quem
irá se tornar o ceifador, e qual será a nova consequência? Só lendo para
descobrir!
OMG,
que livro maravilhosoo! Estou fascinada por essa história incrível, complexa e
muito bem escrita. Um enredo viciante, com drama, cena intensas e um romance na
medida certa, com reviravoltas surpreendentes e emocionantes. Os personagens
foram muito bem trabalhados e foi possível perceber o quanto eles amadurecem ao
longo da história. E gente, que mudança! Principalmente em relação ao Roham. Não
falei muito para não estragar haha, vocês precisam
ler! Faraday se tornou o meu personagem preferido <3, percebi que apesar dos
anos como ceifador, ele possui uma tristeza muito grande, e que só é possível
perceber quando ele está sozinho. Ele
também dá ótimos conselhos aos seus aprendizes, pois eles nunca devem esquecer
de terem compaixão pelas pessoas que coletam.
O livro é narrado em terceira
pessoa, o que me deixou bastante satisfeita, pois eu pude ver não apenas pela
perspectiva dos personagens principais, como também das pessoas que eram
coletadas. O final foi simplesmente perfeito e eu não vejo a hora de ler o
próximo volume dessa série maravilhosa. Gostaram da resenha? Deixem nos comentários
o que vocês acharam!
Tenho me aventurado em distopias e gostado bastante. Esse livro, ao que parece, é a melhor distopia de 2017, pois já li tantas críticas boas que eu tive que comprar um pra mim e olha que eu não gosto nem um pouco de fantasia. Fiquei fascinada com a história e com a forma de não ter mortes e nem doenças nesse universo. Quero saber como será feita a escolha de quem se deve morrer ou viver.
ResponderExcluirAh! O meu chegou hoje! Estou louca para ler.
Beijinhos!
Oi, Camila! Concordo totalmente, é a melhor distopia mesmo! Aaah que bom que você já comprou haha, depois me conta o que achou! Bjss!
ExcluirOlá, tudo bem? Faz um tempo que estou vendo este livro sendo super bem comentado, e cada vez fico mais curiosa para lê-lo. Essa estória toda de terem pessoas que devem matar é bem intrigante, hehe. Adorei a resenha!
ResponderExcluirBeijos,
https://duaslivreiras.blogspot.com.br/
Oi, Larissa! Pois é, eu também vi muitas pessoas falando sobre ele, fiquei muito feliz por terem bastante comentários positivos. Com certeza, é muito intenso haha! Obrigada <3, bjss!
ExcluirOi Jenifer, conheço o livro, mas não o li ainda. O que me chama atenção nele é o fato de mesmo sendo uma fantasia distópica, há pontos que nos levam a boas reflexões por serem visto a toda hora em nosso próprio mundo, como este negócio do poder que sobe na cabeça das pessoas.
ResponderExcluirBjs, Rose
Oi, Rose! Com certeza, o autor expõe muitos temas interessantes ao longo da história. Espero que você possa conferir um dia e gostar da história tanto quanto eu, bjss!
ExcluirOi, tudo bem? Li esse livro há uns meses e tô esperando muito a continuação <3 Gostei demais da história, do modo como é contada e das personagens. Eu tenho certa dificuldade em gostar de narrações em terceira pessoa, mas fiz a leitura de O ceifador num ritmo ótimo, a terceira pessoa nem me incomodou. Espero que a continuação seja laçada logo.
ResponderExcluirLove, Nina.
http://ninaeuma.blogspot.com/
Oi, Nina! Tudo e você? Simm, eu também estou louca pela continuação haha. Pois é, mesmo com a narração em terceira pessoa, conseguimos compreender o que os personagens sentem. Eu também haha. Bjss!
ExcluirOi,
ResponderExcluirSou fã de distopias e já tinha visto esse livro em alguns locais, porém confesso que achei que a história fosse um pouco diferente dessa que você contou na resenha.Por se tratar de ceifadores e tal sei lá fiquei imaginando que seria mais "sobrenatural" ou teria algumas "lendas" em volta disso, porém pelo que vi não é bem isso, ainda quero comprar e ler mas sinceramente minha expectativa baixou um pouco.
Beijos
Raquel Machado
Leitura Kriativa
https://leiturakriativa.blogspot.com.br
Amei a resenha e sou muito fã de distopia.
ResponderExcluirE você já reparou que quando se cria um mundo anos além do nosso sempre tem uma ou um tipo de revolta? Será que nós seres humanos nunca vamos aprender? Pq sempre o poder sobe a cabeça , impressionante!
Parabéns pela resenha e vou ler com certeza!
Oi, Jennifer. Achei muito legal a maneira como você apresentou a leitura, já tinha visto outras resenhas e tinha ficado muito interessada, agora estou ainda mais.
ResponderExcluirBeijos
Mari
Pequenos Retalhos
Perdi as contas de quantos comentários positivos li sobre este livro e claro que ele está na minha lista de desejo. Só fico preocupada por ter mais um volume, ficaria muito triste se não conseguisse ler o outro, mas quero dar uma chance a ele, mesmo não sendo livro único.
ResponderExcluirBeijos.
https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/
Oi tudo bem?
ResponderExcluirConfesso que já havia lido algumas resenhas e ficado curiosa quanto a leitura mas tenho um pé atrás afinal é distopia um gênero que eu não sou muito fã mas pelo visto não posso perder a leitura de um livro incrível.
Beijos
Oie! Eu vi muitas resenhas sobre esss livro, deve ser uma leitura incrivel! Quanto mais leio sobre mais fico doida pra conferir!
ResponderExcluirOi, Jennifer ^^
ResponderExcluirEstá ai uma obra que desejo ler desde o seu lançamento a começar pela capa maravilhosa e sinistra e por ser do gênero distópico.
Querendo ou não a obra me remete um pouco ao O DOADOR DE MEMÓRIAS num sentido de ter uma organização na sociedade que nos faz temer que isso um dia possa acontecer a humanidade.
Sabemos que é sério o aumento populacional na terra e o desmatamento em massa. É uma tremenda critica social que o autor apresenta. Espero muito ler logo!!!
Parabéns pela resenha e por instigar os leitores a leitura dessa obra. :)
Abraços.
Olá, eu tenho uma pequena curiosidade de ler esse livro, mas eu não leio muita fantasia
ResponderExcluirOlá, acho a capa do livro original. Infelizmente, ainda não tive a oportunidade de ler, está em minha lista de leitura. adoro distopias e essa questão de também ser narrado pelo ponto de vista dos coletados para mim é um bom diferencial.
ResponderExcluirOlá, tudo bem? Nem preciso falar que como fã de fantasia, estou DOIDA para ler porém estou esperando o lançamento do segundo confesso. Como muitas pessoas falaram bem, prefiro ter mais volumes em mão para dar uma continuidade grande. Adorei a sua resenha e as fotos <3
ResponderExcluirBeijos,
diariasleituras.blogspot.com.br
Amei esse livro também! O Faraday é mesmo maravilhoso, né? Muita loucura isso da humanidade poder ter a imortalidade mas ser necessária a morte pela coleta, amei essa premissa. Estou super ansiosa para que o segundo volume da série chegue logo por aqui.
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