Autora: M. Csartan
Páginas:334
Editora: Young Editorial
Estrelas: 3.8/5
Por que você deveria levar esse livro pra casa? Bem, se você gosta de seriados, boa notícia: ele é escrito em episódios, não em capítulos, o que te obrigará a fazer aquela maratona. E isso aqui pode até parecer mais uma daquelas histórias sobre uma adolescente em um novo lar, mas se você olhar de perto... Ora, tem eu! O que falar sobre mim? Certo. Eu sou realmente boa em me meter em problemas, especialmente os que não têm nada a ver comigo. Mas falar sobre mim... Quero dizer, tudo bem, 16 anos, geminiana, acho a Califórnia uma droga (é ensolarada demais pra minha pele de lagartixa!), um pouco encrenqueira, talvez meio rabugenta... Okay, isso não esta funcionando. Também tem essa japa realmente incrível que é minha melhor amiga, Angie Urashima, que o que tem de rica, tem de absurda (o que me coloca em pelo menos 3 confusões por dia); tem o Dexter, aquele típico nerd de estimação que no fundo é o homem dos sonhos e que toda garota gostaria de descobrir na escola; tem os meus inimigos mortais: Samantha (aquela bruxa) e os gêmeos Fanning, totalmente encapetados, mas que até que são meio gatos (ok, risque isso, que vergonha) e vocês vão odiar amar. Tem várias pessoas legais (e mais um cara muito gostoso – eu não deveria estar dizendo isso também); e outras que precisam levar uns chutes! Se depois de tudo isso você ainda não se convenceu… Então, quem não quer que você leia esse livro sou eu!
Lembra de séries como The OC, One
Three Hill e Gossip Girl e de como ansiávamos por mais episódio? Então, foi
inspirada nessa paixão que a autora M. CSartan escreveu 2000 Milhas a Oeste. O
primeiro livro é do episódio 1 ao 6, mas não se enganem: muita água vai rolar e
os eventos diversos acontecem como nas séries, não se prolongam demais, assim
ficamos sempre ansiosos pela próxima aventura da protagonista e seu amigos.
A motivação para comprar e ler
esse livro vieram da capa, da sinopse e do local onde é ambientada: a minha tão
sonhada Califórnia.
Apresentações feitas, vamos falar
da história?
“Apesar de tão parecidos, eu não conseguia mais imitar a alegria e a jovialidade dele. Meu pai era, no final das contas, meu melhor amigo, e por mais que doesse reconhecer, eu estava feliz por suas vitórias. Ainda que significasse minha derrota absoluta.”
É assim que Natasha Rush está se
sentindo após receber a notícia de que, junto dos pais, sairá de Nova York
para morar na Califórnia. A terra do Sol, do glamour, do glitter e de tudo o
que ela parece abominar, mas como não há escolha uma vez que seu pai conseguiu
um emprego muito bom, ela terá que lidar com a situação de maneira madura.
No início do livro conhecemos uma
adolescente irritada e mal humorada com sua condição de vida atual, que
acredita que tem tudo o que precisa onde mora e terá sua vida destruída. Por
sorte, com os arranjos dos pais e a visita de sua melhor amiga, a divina e
divertida Angie Urashima, logo conhecemos uma Natasha – encrenqueira –irônica,
ácida, porém divertida; com uma facilidade incrível de se meter onde não devia
e bom gosto para amizades.
“Lancei um último olhar aos telespectadores do meu breve espetáculo, com orgulho. Aquela era Natasha Rush tomando o cetro do seu novo reino. Recoloquei os óculos e me dirigi até o carro, exultante. Infantil, certo? Mas você sabe o que dizem: cruel como criancinhas no jardim de infância.”
A ação e as aventuras do livro iniciam
rápido e muitas vezes terminam brevemente também, eu levei um tempo para me
situar. No entanto, se deve ao fato de ter esse formato de seriado, onde várias
tramas se desenvolvem, ao invés de uma só motivar todo o livro. Gostei muito
disso, eu soube quando me dei conta que não conseguia para de ver e pensava no
que Natasha, Angie e Dexter – o amigo nerd, super fofo e nada bobo, como eu
achei – vão se meter agora. Podemos contar com viagens, sequestro, roubos e
paixões, não necessariamente nessa ordem, como vão descobrir.
Foi bom acompanhar Natasha se
deixar envolver pelo lugar sem ficar naquele dilema chato e constante de como
eu estou infeliz por morar na CA.LI.FÓR.NIA! Ela é uma mocinha que sabe se virar e fiquei grata por saber se divertir e reclamar de coisas que, geralmente, fazem sentido.
“Foi incrível ter descoberto coisas maravilhosas sem as ter procurado. Isso me mostrou que talvez eu me divertisse mais se deixasse minha zona de conforto, passasse por cima dos meus medos e ideias preconcebidas, ou até mesmo se simplesmente permitisse me aventurar um pouquinho”.
2000 Milhas a Oeste é divertido e
apaixonante. É pra ler e relaxar.
O que senti falta nele foi um pouco
mais de detalhes na construção das confusões e, principalmente, de mais
Samantha Sullivan, rival de Natasha. A Samantha tem aquele ar de garotas malvadas que eu amo nas séries, então espero mais por ela.
Sobre os irmãos Fanning nem vou
falar muito, eu preciso do final da primeira temporada para decidir se quero
mesmo dar um tapa na Natasha e em um dos irmãos, aquele por quem eu sou apaixonada e o outro por quem sinto antipatia profunda. Ficou sem entender muito bem,
não é? Leia o livro da M. Csartan e nós conversamos melhor sobre isso... É serio, hein!
Entrevista com M. CSartan
1- Nome:
- Meu
nome de verdade? Mayara Crispim Freitas. (M. Csartan não é satânico, é
só Crispim em código, me perguntam muito isso hahaha).
2- Idade: 23
3- Livro (s) preferido (s):
- Tantos livros... o que me vem a mente agora é A Menina que roubava livros e Crônicas de Nárnia. E, a maioria do Sidney Sheldon, ele é ótimo.
4- Redes sociais:
Facebook: /Maymay158
Instagram: @may_I
Tumblr (ainda bem novinho, mas vou investir, juro): a-fantastic-madness.tumblr.com
5- Uma música:
- Moonrise - Brian Crain. É uma instrumental que tem um significado muito particular, muito forte.
6- O que inspira você:
- Basicamente
qualquer coisa. Pode ser uma foto, uma frase, uma pessoa, uma sensação.
Estou simplesmente existindo e de repente aparece algo que aciona uma
ideia.
7- Os livros 2000 milhas a Oeste são em formato de seriado, como funciona e de onde surgiu a ideia?
- Eu
não lembro de onde tirei de que essa seria uma boa ideia. Eu sempre fui
fã de seriados, e quando criava minhas histórias, imediatamente pensava
em atores, em trilha sonora, abertura, até trailer eu já escrevi.
Tudo sempre foi muito audiovisual. Eu não consigo imaginar 2000 milhas a
oeste em outro formato hoje, acho que deixa ela bem dinâmica, e não me
limita a um único enredo que tenho que levar até o fim. Funciona como um
seriado normal. Há uma história com personagens fixos de fundo, e a
cada episódio eles têm algo novo pra resolver. Algumas situações podem
se estender por mais de um episódio, outras podem gerar um episódio
duplo, como ocorre numa série tipicamente. O livro tem 15 episódios, e
também é pensado como temporadas. Então ao fim de cada temporada, ocorre
uma mudança significativa na história, o que leva o livro seguinte a
uma nova direção.
8- Como a Natasha surgiu para você no primeiro momento? Ela mudou na sua cabeça desde o primeiro contato que tiveram?
- Natasha
é uma versão mais rebelde e mais corajosa de mim mesma aos 15 anos. Eu
tinha acabado de entrar no ensino médio em uma nova escola, tudo era
novo, as pessoas eram diferentes, a vida era completamente diferente, e
algumas situações eram incríveis, enquanto outras eram horríveis, e
a Natasha surgiu como uma forma de expressar tudo isso. Algumas coisas
que ela passa, foram inspiradas em fatos reais (claro que aumentadas e
romantizadas, porque minha vida não era TÃO louca assim haha), outras
são totalmente inventadas. Alguns personagens foram baseados em pessoas
reais da época, outros também foram criados por pura necessidade. Ela
mudou bastante. O livro foi todo reescrito há uns 3 anos, mas houve uma
primeira versão da história, a original escrita em 2008. Ela era muito
mais agressiva, muito mais complicada, muito mais intratável. Não só
ela, a história toda tinha um tom mais... não sei, rude. Editar a
história toda com olhos mais adultos suavizou muita coisa, deu um
acabamento muito melhor, tornou a Natasha uma mistura da "versão sem
cortes" de 2008, e da versão mais consciente atual. Claro que eu tinha
que tomar cuidado pra não torná-la madura demais, de uma forma que se
afastasse muito de como ela foi idealizada. Se isso acontecesse, ela não
representaria mais o que ela representou pra mim na época. Ela vai
sendo desenvolvida ao longo da história, vai crescendo e aprendendo e
melhorando, como acontece com todo mundo, e como aconteceu comigo. Mas é
importante ressaltar que embora ela tenha criada como uma representação
minha, somos pessoas diferentes, com personalidades diferentes. Nem
tudo que ela faz eu faria, o que é bom, ou acho que já teria me metido
em problemas haha.
9- Este é um livro para que tipo de leitor, o que ele pode esperar da obra?
- Eu
não gosto de limitar quem deveria ler. Eu costumava ler livros de gente
grande quando eu era pequena e isso me fez muito bem, literariamente.
Mas acho que adolescentes e jovens adultos podem se identificar um pouco
mais. Seja quem for, o leitor pode esperar crescimento. Ela vai quebrar
a cara, e vai se divertir, e vai ter experiências que vão moldando-a.
10- Pode nos adiantar quantas temporadas esperar de 2000 Milhas e os novos projetos?
- 3 temporadas e um livro extra com alguns contos sobre eles.
Quanto
a novos projetos... eu tenho muitas, muitas ideias. Só não decidi que
plano eu vou seguir primeiro, quando 2000 milhas terminar, ainda tenho
que ver qual nova história vai gritar mais alto.
11- A Young Editorial é nova no mercado e muitos ainda não conhecem. Como é sua relação com a editora e a estrutura que ela oferece?
- A Young foi a
primeira editora com a qual eu de fato entrei em contato, e eu não tinha
muita ideia de como as coisas funcionavam. Muito recentemente eu passei
a saber mais sobre esse universo e percebi que a estrutura dela é muito
boa, favorece muito o autor, lhe dá bastante liberdade, é muito
acessível... isso é muito bom. Tenho certeza que a Young tem todo o
potencial que precisa pra crescer a cada dia mais nesse mercado
Oiieee Thaise
ResponderExcluirComo esquecer de One Three Hill ou The OC? Amava essas séries, especialmente a última.
Não conhecia o livro, mas achei muito interessante a proposta da autora, e a capa é um arraso de fofo.
A entrevista ficou bem legal, dá pra notar que a autora é acessivel e simpática, gosto disso.
Beijos
aliceandthebooks.blogspot.com
Oi Alice,
ExcluirEspero que leia 2000 milhas, vale a pena demais!
Bjs
Oioi
ResponderExcluirO livro tem todo jeito de que vai agradar muito o público das séries citadas e suas versões mais recentes, com todas as confusões, aventuras e dramas, infeliznente não é meu gênero favorito, nem de série nem de livro. :/
Olá Daniele,
ExcluirQue pena que não faz seu gênero, mas já valeu por conhecer uma nova autora e a editora, né!?
Oie!
ResponderExcluirGostei dessa indicação! E ainda tem uma entrevista para conhecermos mais da autora.
Eu não conhecia essa publicação, e mesmo com as falhas na história, estou curiosa para ler.
Bjks!
Histórias sem Fim
Oi Carla,
ExcluirEspero mesmo que leia, o final da primeira temporada já está à venda. Vale a pena, viu!?
Aiii que livro mais lindo menina, confesso que fiquei bastante interessada em ler, a edição está incrível e sei que seria uma ótima pedida para mim, gosto de livros meio infantojuvenil.
ResponderExcluirBeijinhos da Morgs!
Olá Morgana,
ExcluirQue alegria você se animar tanto, espero que leia e me conte o que achou.
Bjs
Oi, Thaise
ResponderExcluirGostei da premissa do livro, ainda não o conhecia. Mesmo você fazendo algumas ressalvas, gostei da obra e acho que leria.
A Editora realmente é um pouco nova no mercado, mas geralmente são essas que dão mais chances para os nacionais. Desejo sorte para a autora.
Olá Letícia,
ExcluirA Young realmente está investindo nos talentos daqui e 2000 milhas é prova disso. Não deixe de ler esse livro fofo! ;)
Oiii!
ResponderExcluirEu não conhecia esse livro ainda :( Mas eu AMEI! Adoro livros que se passam na california <3 Gostei da premissa também...
Achei á resenha ótima! E adorei as fotos <3
Beijinhos
Olá Ana,
ExcluirVamos todas para a Califórnia? <3
Obrigada pela visita, venha mais vezes ;)
Bjs
Olá, também não sabia deste livro e fiquei bem curiosa sobre o formato, de episódios. Parece algo promissor. Vou pesquisar mais sobre ele. Sucesso à autora! Abraços!
ResponderExcluirOi.
ResponderExcluirÓtima resenha.
Além de conhecer um livro com formato diferente, ainda conhecemos uma autora.
Bjs
Oi Thaise!
ResponderExcluirGeeente! Adorei!
Já conhecia o livro, porém a capa nunca me co venceu. Contudo, sua resenha me arrebatou!
Darei uma chance ao livro.
O mais bacana é o enredo me lembrou bastante A mediadora, da Meg Cabot!
Bj
Olá!
ResponderExcluirSdds The O.C. marcou minha infância! Adorei a premissa, já está incluída em minha lista de leituras. A autora é uma fofa e essa capa é tão maravilhosa <3
Olá, adorei ver a maneira como a autora construiu a história, em formato de seriado, algo bem incomum. A autora é um amor, super simpática e me parece que tem muitas ideias ainda, já coloquei o livro em minhas metas de leituras.
ResponderExcluirOi Thaise! ^^
ResponderExcluirAdorei a proposta de 2000 milhas a oeste! <3 Amo assistir séries e nunca tinha visto um livro que fosse dividido em episódios e temporadas, tenho certeza que irei gostar da história.
Também adorei conhecer melhor a autora, desejo muito sucesso para ela! <3
Oie! Adoro as séries citadas e só por isso já adorei a temática do livro e já estou o colocando da minha listinha de leituras!
ResponderExcluirNão conhecia a autora e é muito legal fazer um post assim, apresentando a obra o que você achou e a entrevista com a autora, assim conhecemos muito mais sobre todos os envolvidos!
Beijos
www.paraisoliterario.com
Oi Thaise, você ganhou a minha atenção ao ler que a autora se baseou nesses seriados que eu amo hahaha
ResponderExcluirNão conhecia o livro, nem a autora para falar a verdade, mas já o quero hahaha!!!
beijos
Livros & Tal