Título: Por Um Toque de Ouro (Trindade Leprechaun #1)
Autora: Carolina Munhóz
Páginas: 272
Editora: Rocco
Estrelas: 3/5
Livro: Cortesia da Rocco
Depois do bem-sucedido O Reino das vozes que não se calam – criado em parceria com a atriz Sophia Abrahão e desde o lançamento na lista dos mais vendidos de ficção nacional da Nielsen – a escritora Carolina Munhóz apresenta Por um toque de ouro, que abre a Trindade Leprechaun, sua primeira trilogia, inspirada nas lendas irlandesas. Ambientado na Dublin contemporânea e protagonizado por uma jovem ligada ao mundo fashion que descobre ser herdeira de uma rara linhagem de seres mágicos considerados guardiões de potes de ouro, Por um toque de ouro é um romance de fantasia urbano e contemporâneo.
Cassinos e vestidos justos eram esperados neste evento
diferente, contudo, que ocorria em uma propriedade particular. A primeira
edição de uma festa exclusiva da nova geração da alta sociedade irlandesa para
comemorar o feriado mais famoso do país. Pessoas mais importantes da ilha
estavam no casarão na região de Dublin 4, porém os mais ambiciosos se encontravam
na sala de jogos, e apenas uma mulher preferiu arriscar uma grande quantia de
dinheiro em vez de se jogar na pista de dança regada de champanhe verde.
Flautas irlandesas remixadas eram tocadas no salão em
homenagem ao evento de St. Patrick’s Day, enquanto o dinheiro estava sendo
apostado na banca de pôquer. Todos a olhavam assustados a espera do seu
primeiro movimento, com um decote que quase chegava ao umbigo, uma ruiva bela e
influente distraia a todos os rapazes de Rolex e Armani que tentavam a todo
custo desviar o olhar para se concentrarem no jogo. Era mais difícil vencê-la
do que levá-la para cama.
Seu nome era Emily O’Connell. Descendente de uma das famílias mais
tradicionais e herdeira de uma das marcas mais luxuosas de sapatos e bolsas haute couture. O brasão dourado da
famosa inscrição O’C era encontrado nas principais capitais fashion do mundo.
Entretanto, Emily não era conhecida apenas pela fortuna da família. Com sorte e
glamour no sangue dos O’Connell, ela havia se tornado um ícone da cultura pop
irlandesa. Venerada por milhões de garotas e cortejada pelos rapazes mais bem
sucedidos e famosos da Europa. Com longos e lisos cabelos ruivos acobreados
rentes a sua cintura, um olhar felino esverdeado e uma personalidade forte, Emily
sempre saía nas capas de jornais sensacionalistas e revistas de fofocas.
" Um Leprechaun sem um pote de ouro é como uma rosa sem perfume, um pássaro sem uma asa ou um dentro sem um fora."
Era uma aposta muito alta, com quatro pessoas sentadas a
mesa, uma conduzindo o jogo e mais sete rapazes assistindo de pé a partida,
incluindo Darren, melhor amigo de Emily, que bufava impaciente enquanto
cobiçava através da parede de vidro um loiro musculoso e de camisa social.
Emily sorria maliciosamente para cada um dos adversários a sua volta, rapazes
igualmente ricos e ansiosos pela sua próxima jogada, ela estava tranquila. Como
se a sorte estivesse a seu favor, e realmente estava.
Owen, seu antigo conhecido da Trinity College, queria ser o
último a mostrar suas cartas e ganhar para finalmente receber um beijo da única
mulher que não correspondia as suas investidas. Todos sorriam após terem
colocado suas cartas na mesa, menos Emily que hesitava em mostrá-las com pena
dos outros participantes que eram apenas mimados, menos de Owen, pois queria
jogar sua vitória na cara do rapaz presunçoso que ela sabia que ele era. E como
sempre ela vence em grande estilo, e enquanto Emily pensava na quantidade de
vestidos de coleções exclusivas que iria comprar, todos começam a dispersar.
Darren solta um palavrão alto, e depois de se deliciar com a cara de poucos
amigos de Owen, era hora de trocar de jogo.
Com a notícia de sua vitória, os rapazes começam a rodiá-la.
Ela estava no topo do mundo, era abençoada, e tinha tudo que sempre quis e
muito mais. Enquanto bebia e dançava na pista de dança com Darren de forma
provocante, seu olhar pára em um rapaz magro com cabelo revolto e barba por
fazer. O típico look despojado que a enlouquecia. Como seria sua vida se não
tivesse sorte? Bom, ela estava prestes a descobrir.
Lembranças das horas passadas estavam começando a surgir na
mente de Emily, a vitória no jogo, bebendo e dançando com Darren e subindo no
palco com o DJ. Ela só não entendia como
fora parar em um local claustrofóbico e escuro, sentada no que parecia ser uma
pia e sendo quase esmagada contra o espelho por um rapaz que beijava seu
pescoço, com a mão descontrolada perto das suas partes íntimas e a pressionava
de forma agressiva contra o espelho. Com dificuldade para respirar e uma dor
aguda no pulso esquerdo preso entre os dedos das mãos do rapaz, enquanto a
outra lutava contra a sua calcinha. Um medo começa a aumentar dentro dela,
estava sendo violentada.
Quando finalmente ele arrancou sua calcinha, com toda a
força que ainda tinha, Emily gritou em plenos pulmões para que ele parasse e na
mesma hora o rapaz foi jogado de maneira súbita para a outra extremidade do
cubículo. Era como um baque forte, um estrondo parecido com um canhão. Ela não
sabia se estava mais assustada por ter estado bêbada demais a ponto de se
envolver em uma situação perigosa ou pelo seu quase estuprador ter praticamente
voado apenas pela força da sua voz.
Percebendo que estava em um banheiro
qualquer, Emily tenta ajeitar o seu vestido e além de perceber que o rapaz não
se mexia e apenas a encarava com um olhar amedrontado e a boca escancarada , ele
também era o mesmo rapaz sedutor e convidativo da pista de dança. E o pior, ele
a encarava como se quisesse fugir dela e não parecia nem um pouco bêbado. Depois
de encontrar Darren e perceber que estava quase amanhecendo, ela decide voltar
para casa.
"No entanto, desde que dominara o pôquer, as coisas nunca mais foram as mesmas, pois o casal O'Connell passou a olhar a filha de forma diferente. Só que ela estava fazendo dinheiro, não estava?, pensava. Não era a forma mais saudável para isso, mas possuía uma espécie de dom. Então aproveitava a liberdade dada pelos dois antes que essa benevolência acabasse. A ruiva aguardava o dia em que seus "verdadeiros pais" tocariam a campainha e expulsariam os dois hippies que moravam com ela. Claire e Padrigan O'Connell vinham falando bobagens tão sem cabimento que nem pareciam os donos de uma marca refinada. Tinham conversas estranhas e discutiam lendas irlandesas antigas. A filha desconfiava das fontes daquela "criatividade", mas não ousava perguntar de onde vinha tanta inspiração. Sempre achou melhor ficar na dela.
Com muita ressaca e querendo apenas dormir, Emily recebe
notícias de Darren sobre a noite anterior, coisas que ela sabia, porém algo
sobre o evento a havia deixado alarmada. Pois o rapaz que ela jogou contra a
parede era um diplomata de Belfast e estava espalhando para as pessoas que ela
conhecia, que ele tinha provas em seu celular e que iria mostrar para todo
mundo o que ela fez. Porém, como ninguém havia comentado nada de estranho nas
redes sociais e por ser muito famosa, um boato como esse iria se espalhar
rápido. Então, mesmo um pouco assustada com o ocorrido, Emily decide apenas tentar
esquecer, bebendo em pubs e se divertindo com rapazes belos como sempre fazia.
Porém, depois desse acontecimento com o rapaz. Sua sorte
havia mudado um pouco, todos sabiam que mesmo sendo bela, Emily era uma jovem
mimada e arrogante, principalmente quando sempre conseguia tudo o que queria
sem o menor esforço. Isso também deveria acontecer no Curso de Dramaturgia na
Trinity College. Ela adorava atuar e mesmo que seus pais não aprovassem, pois
queriam que um dia ela assumisse a empresa O’C. Era o lugar onde ela se sentia
bem, porém mesmo com paixão e talento, não era o bastante. Ela precisava se
esforçar, como por exemplo: ir às aulas. E é isso que o seu professor lhe diz e
decide que ela não iria participar das aulas, e que ela deveria trancar a
matrícula.
Mas isso ainda não era o pior. Sem nenhuma vontade de se
produzir e ficar ainda mais bela e estilosa, como faria para todas as festas,
Emily vai a um casamento muito famoso de uma amiga com seus pais e Darren. E lá
descobre que sua outra melhor amiga, Aoife, estava noiva. Começando a se sentir
vazia por um momento, ela percebe que além de nunca ter tido um relacionamento
sério, tudo estava começando a machucá-la. Algo havia acontecido naquela festa
e de alguma forma despertou algo que ela não sabia explicar. E ao entrar no
salão de festa, ela ainda tromba com um rapaz lindo, porém algo inusitado
acontece. Ele a trata muito mal e grosseiramente, surpresa pelo ataque de fúria
do rapaz ela fica estática. Irritado, ele bufa e vai em direção aos noivos.
"Emily analisou cada detalhe do rosto dele. O cabelo escuro na altura do queixo jogada para o lado e encaixado estrategicamente atrás da orelha. A sobrancelha fina e desenhada. Os olhos acinzentados e o queixo quadrado como o do super-homem. O engraçado era que ele não parecia interessado em avaliá-la. Seu olhar estava distante. Ele simplesmente bufou, disse alguma gíria que ela não conhecia e adentrou o salão. Emily ficou sem ação. O que acontecia com ela? Aquele não parecia ser um dia como os outros. Tinha medo de dias assim."
Ao sentar-se na mesa com seus pais, Emily descobre que seu
pai havia lidado com a situação da faculdade. Mesmo sendo um homem muito rico,
Padrigan O’Connell era um homem simples e muito amoroso com sua filha. Emily
nunca soube como seus pais ficaram tão ricos e famosos, pois eram tão
desligados com o mundo dos negócios. Parecia uma coisa do destino, mas ela
estava prestes a descobrir que talvez ele fosse lhe pregar uma peça ou será que
finalmente iria lhe dar uma chance no amor? Pois, enquanto ela ia em direção ao
bar do salão de festa, o rapaz misterioso surge ao seu lado e começa a falar
coisas estranhas sobre a noite da festa de St. Patrick’s Day, sobre Brady, o
rapaz que ela havia amedrontado. Mas como ele poderia saber disso? E por que
ele a estava alfinetando com esse assunto?
Seu nome era Aaron Locky, e além de ser tão arrogante e
convencido quanto ela, ele também era sarcástico e fazia com que Emily sentisse
algo que ela nunca havia sentido por homem nenhum. Uma atração quase magnética,
e o mais interessante. Era como se ele visse algo nela, por debaixo da
arrogância e fama de princesa. Que ela era especial! Conversas estranhas sobre
lendas antigas que seus pais falavam quando ela era criança começam a perturbar
sua mente, há um grande mistério por detrás da riqueza de sua família e da sua
sorte, será que estaria interligado as lendas, ou melhor, será que Emily irá acreditar
nelas?
O livro contém romance, mistério, cenas divertidas e
personagens que você ama e outros que você se irrita um pouco haha. E foi o que
aconteceu com a Emily, que ela é uma personagem muito mimada, arrogante e muito
direta demais haha, podemos perceber isso desde as primeiras páginas. E isso me
irritou um pouco. Porém, conforme fui lendo sua personalidade vai mudando e ela
se torna uma mulher mais forte e madura, trazendo um ponto positivo à estória.
Já o Darren, eu o amei logo de cara. Ele é uma daquelas
pessoas que você quer muito ter como amigo, não apenas para se divertir, mas
também porque ele é um amigo muito leal e protetor. A estória também menciona fatos históricos sobre
a Irlanda, o que também é o segundo ponto positivo e me deu muita vontade que
conhecer um dia. Porém também tem alguns pontos negativos, em relação ao enredo
em si. Na minha opinião, achei um pouco previsível e a parte da fantasia poderia
ter sido melhor trabalhada. Não poderei contar mais senão estaria dando um
grande spoiler. Apesar disso, a estória não deixa de ser envolvente e bem
rápida de ser lida, sem deixar de mencionar o final que me deixou bastante curiosa
para ler o segundo volume dessa trilogia haha. A narrativa é descrita em terceira pessoa, a escrita é fácil,
e os personagens mencionam cantores e atores internacionais tornando
a estória mais interessante e divertida, algumas páginas contêm o símbolo da
família O’Connell, tornando a obra mais bela, assim como a capa.
Oie! Tudo bem?
ResponderExcluirDiferente da maioria das pessoas, eu não consigo sentir vontade de ler nenhum livro da Carol, acredito que devem ser histórias muito boas, mas não me convencem e muito menos despertam meu interesse em realizar a leitura deles, por isso passo a dica!
Bjss
Oi, Nay! Esse foi o primeiro livro que eu li da Carol, que pena que a historia não despertou o seu interesse. Bjss!
ExcluirOi, Jennifer.
ResponderExcluirGostei bastante da sua resenha, mas não me animo a ler nada dessa autora. Sou daquelas que pega birra do livro quando não gosto de quem o escreveu, sabe?! Então prefiro deixar passar porque sei que não seria uma leitura gostosa!!
Beijos
Camis - blog Leitora Compulsiva
Oi, Camila! Obrigada, confesso que às vezes eu sou assim também haha. Obrigada pela sua honestidade, bjss!
ExcluirOlá
ResponderExcluirUma pena você não ter se dado bem com todos os personagens, isso as vezes pesa muito na hora de dar a sua nota, pois não tem coisa mais chata que personagem mimizento. Esse livro está nos meus desejados a algum tempo, e pretendo lê-lo e tirar minhas conclusões. Até mais vê
Bjs
Oi, Manoel! É exatamente assim, espero que você tenha uma experiência melhor do que a minha. Bjss!
ExcluirOlá! Ainda não conhecia a autora e adorei o que você contou da trama. Um início com cenas bem fortes e depois um romance, com toques de drama, mistério e a´te uma ponta de humor. Eu adoro esse tipo de história e com certeza quero ler. Que pena que você não se deu tão bem com a personagem principal e, claro, aturar uma moça tão mimada deve ser difícil. Mas quero ler para tirar a prova.
ResponderExcluirBeijos!
Karla Samira
http://pacoteliterario.blogspot.com.br/
Oi, Karla! Fico feliz que tenha gostado da resenha! Simm, tem um pouco de tudo. Pois é, lê sim, espero que você tenha uma experiência melhor do que a minha haha. Bjss!
ExcluirPesquisei aqui e ainda não li nada da Carol. Gostei da proposta do livro. Foi bom avisar que a protagonista pode causar impressão inicial não muito boa, mas que a gente acompanha a jornada de amadurecimento dela. E a sua impressão do Darren me deixou empolgada. Muito obrigada pela dica! Abraços!
ResponderExcluirOi, Beta! Que bom que gostou da história. O Darren é maravilhoso, melhor amigo eveer haha! De nada, espero que goste da leitura. Bjss!
ExcluirOie!
ResponderExcluirEU ainda não li da autora, e não sei o que pensar do livro. Já li alguns comentários sobre a narrativa da autora, e é dividido entre aqueles que adoraram e aqueles que não gostaram tanto.
Quem sabe eu acabe gostando do livro.
Bjks!
Histórias sem Fim
Oi, Carla! Pois é, é bem dividido haha, mas lê sim. De repente a sua experiência de leitura seja positiva! Bjss!
ExcluirOlá,
ResponderExcluirNunca senti vontade em conhecer os livros da Carolina, os que só ela escreve. Já vi esse livro inúmeras vezes por aí, mas nunca senti vontade de lê-lo, e continuo não sentindo. Sua resenha apontou vários pontos positivos, porém a obra não despertou meu interesse.
Oi, Thay! Essa foi a minha primeira experiência com a escrita da autora, não foi tão maravilhosa, mas foi boa haha! Quem sabe um dia você não dê uma chance, mas obrigada pela honestidade. Bjss!
ExcluirEu não conhecia o livro e pelo que li na resenha eu não me interessei por ele. Achei a capa estranha e a premissa ainda mais. Eu achei legal saber a sua opinião sobre ele mas não pretendo ler.
ResponderExcluirOi, Beatriz! Poxa que pena que você não tenha se interessado pela história, obrigada! Bjss!
ExcluirOi, Jennifer
ResponderExcluirAinda não conhecia a obra, mas gostei da capa e o enredo parece bom. O único e talvez grande problema é quando encontro protagonistas mimadas. Tento fugir delas. Mas se você diz que tem todo um amadurecimento por trás, acho que vale a pena.
Livros, vamos devorá-los
Oi, Leticia! Comigo também acontece a mesma coisa haha. Lê simm, bjss!
ExcluirOi Jennifer,
ResponderExcluirMais uma aqui que tem birra com os livros dessa autora. Eles podem ser incríveis, muita gente gostar, assim como você, porém não me chamam a atenção, pois infelizmente não simpatizo com a Carol.
Quero muito dá uma oportunidade a ele, mas agora não é o momento.
Bjs,
Garotas de Papel
Oi, Thiana! Esse é o primeiro livro que eu vejo muita gente dizendo que não tem vontade de ler haha, mas sem problemas. Sempre temos que ler livros que tivermos vontade, obrigada pela honestidade. Bjss!
ExcluirOi!
ResponderExcluirSempre vejo muita divulgação dos livros da Carolina Munhoz mas nunca senti vontade de ler nenhum dos seus títulos, por mais lindas que sejam as capas e por mais elogiosas que sejam as resenhas. Acho que simplesmente não sou atraída pelas tramas. Quem sabe mais pra frente eu tente?
Beijos!
Oi, Larissa! Poxa que pena que você não se interessou pelos livros da autora. Obrigada pela honestidade, bjss!
ExcluirTenho muita curiosidade pra conhecer o trabalho da Carol e a sua resenha ficou tão completinha que acho que vou começar por este aqui.
ResponderExcluirBeijos
Oi, Ivi! Obrigada, fico feliz que tenha gostado! Bjss!
ExcluirOla lindona essa capa é linda demais, gostei da sinopse do livro, o que pode me irritar um pouco é a protagonista mimada, mas acredita que a mesma possa crescer no decorrer do livro. Dica anotada e pretendo conhecer a escrita da autora, beijos
ResponderExcluirJoyce
Livros Encantos
Oi, Joyce! É sim, que bom que gostou. Lê simm, espero que goste da história. Bjss!
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