26 [ RESENHA ] Last Descendants

Título: Last Descendants – Vol 1 – Revolta em Nova York

Autor: Matthew J. Kirby

Páginas: 252

Editora: Galera Record

Estrelas: 3/5

Assassin¿s Creed está de volta com uma novíssima história da antiga guerra entre Assassinos e Templários, dessa vez nos dias de hoje. O jovem Owen finalmente tem a chance de limpar a honra do pai, que morreu na prisão, acusado de um crime que o garoto tem certeza de que ele não cometeu. Por meio do Animus, máquina que permite quem a usa viver as memórias dos seus antepassados, o lendário Tridente do Éden é revelado.

Hey leitores!

Tudo bem com vocês? Já foram conferir o filme Assassin’s Creed nos cinemas? E que tal aproveitar esse clima e conferir também a nova série Last Descendants, que é um spin-off do universo da franquia Assassin’s Creed?

Em Last Descendants conhecemos primeiramente Owen, um garoto completamente normal, exceto por ter que lidar com fato de que seu pai foi morto na cadeia, condenado por um crime que o jovem acredita que ele não cometeu.

Porém, Monroe, um cara que entende de computadores como ninguém, possui uma tecnologia chamada Animus, que permite a quem usá-lo explorar memórias guardadas no próprio DNA, ou seja, de seus ancestrais, através de simulações muito realistas. Owen acredita que pode usar o Animus para provar a inocência do seu pai e limpar seu nome. No entanto, o que Owen vai encontrar no seu passado é muito mais complexo do que esperava.

Juntamente com seu amigo Javier e outros jovens, eles se veem no meio de uma guerra remota entre Assassinos e Templários, duas organizações secretas que querem alcançar a paz no mundo, mas que possuem métodos e visões diferentes de como chegar a esse fim. Os Templários estão decididos a guiar a humanidade, com mãos firmes, pelo caminho que acreditam ser o melhor enquanto os Assassinos creem no livre arbítrio e lutam para que as pessoas possam viver livres.

“Trabalhamos na escuridão para servir a luz.” – Parte do juramento dos Assassinos.

Além de Owen e Javier, também conhecemos Grace e seu irmão mais novo David, que no Animus vão sentir na pele a discriminação racial que seus antepassados enfrentaram; Natayla, uma garota que é, ao contrário de sua ancestral Adelina, tímida e reservada; e Sean, um garoto que após um acidente ficou preso a uma cadeira de rodas, tornando as simulações de seu antepassado um meio de poder andar de novo... O que eles têm em comum? O passado.

Todos são descendentes ou de Assassinos ou de Templários.

Os jovens têm o que Monroe chamou de Concordância de Memória, que significa que em algum momento do passado seus ancestrais fizeram contato de algum modo com uma relíquia poderosa e antiga, um Pedaço do Éden.

Eu já li quase todos os livros da franquia, e nunca, até agora, haviam introduzido o Animus nas histórias, deixando o somente para os jogos, logo  fiquei surpresa e curiosa para saber como isso iria funcionar. Como já disse, o Animus é uma máquina de realidade virtual que cria simulações a partir das memórias de seus usuários que ocorreram em algum momento do seu passado ou de seu antepassado. Entenda, são memórias, então seus usuários não podem muda-las, só vivenciá-las, pois já aconteceram.

“Grace odiava essa parte do Animus. Odiava ceder o controle da mente, que sempre fora a única coisa que mais ninguém podia tocar.”

Parece um tanto complicado, certo? Mas durante a leitura o autor, Matthew Kirby, se encarrega de torná-la fácil usando a terceira pessoa numa escrita fluída e descontraída. A história é ambientada em dois tempos, no presente, onde os jovens residem, e no passado, onde eles viajam através das memórias de seus ancestrais, mais precisamente para Nova York, durante o que ficou conhecido como os Tumultos do Alistamento, em 1863, em meio a Guerra Civil.

“-Reze pela misericórdia, então –disse Eliza. Mas consigo mesma ela sussurrou: -Mas eu vou lutar pela liberdade.”

Mas fica a dica, os livros do Assassin’s Creed são só para diversão, e são mais indicados para os fãs da série, ou dos próprios jogos. Não sendo então muito recomendado para quem prefere uma literatura com “L”.

A história em si é bastante superficial, mas já era esperado por se tratar apenas do primeiro volume, me restando apenas a esperança de poder conhecer melhor os outros personagens ao longo da série, ainda mais com seu final em aberto. Adorei a capa, que é bem casada com a trama.

Por ter personagens bem mais jovens, Last Descendants é uma série da franquia Assassin’s Creed voltada para um público infanto-juvenil, então é justamente para estes que recomendo a obra, sobretudo para os que gostam de muita ação e aventura.