Autor: Eduardo Bueno
Páginas: 285
Editora: Selo Estação Brasil
Estrelas: 3/5
Livro: Cedido em parceria com a Sextante
Sinopse: Em 1548, com a derrocada das capitanias hereditárias, Portugal decidiu estabelecer um Governo-Geral no Brasil. No ano seguinte, o militar Tomé de Sousa desembarcou na Bahia, acompanhado por burocratas, funcionários públicos, soldados e degredados. Sua missão era construir a primeira capital da colônia, a Cidade do Salvador, e, a partir dali, estabelecer a lei e a ordem em todo o território.A cidade – erguida em regime de empreitada, com licitações fraudadas e obras superfaturadas – de fato foi construída. Mas a lei e a ordem não fixaram residência ali. Pelo contrário: a desordem e a ilegalidade se tornaram a regra, não a exceção.
Olá Pessoal,
A
resenha de hoje se trata de um livro que guarda a verdadeira história do
Brasil, mas precisamente sobre a situação política da Colônia, que por um certo
lapso de tempo apresentou vários desafios para os primeiros colonizadores, que
precisaram de muita coragem para conseguir organizar politicamente o país. A obra também propõe reflexões a respeito da influencia do passado, na atual situação política do Brasil, levando o leitor a questionar e refletir sobre tudo o que conhece.
O livro
busca retratar uma visão crítica a respeito colonização do Brasil e todas as
implicações políticas que o cercavam. Nos deparamos com uma história,
totalmente adversa daquelas que aprendemos na escola, pois Eduardo Bueno,
mostra cruel as raízes da corrupção, despotismos, burocracia e nepotismo, não
tão diferente dos nossos dias atuais. Neste
livro, encontramos o país nos primórdios da colonização portuguesa, que ao
tentar resgatar o Governo Geral, primeira tentativa de colonização realizada
com os recursos da Coroa Portuguesa, é apresentado um grande desafio: a
desigualdade. Começamos a história em 1549, na Bahia, onde Tomé de Souza
desembarca, acompanhado de vários funcionários, que excedem e muito, o número
de pessoas necessárias para todos os cargos, até então disponíveis na colônia.
A
figura de Tomé de Souza é sem dúvidas notável, que se envolveu muito bem com as
ações governamentais. No entanto, logo tudo foi desfeito pelo senhor Duarte da Costa – governante que substitui
Tomé – que por falta de experiência ou talvez um certo despreparo para
determinados assuntos, acaba fazendo nascer a verdadeira corrupção. Por outro
lado Tomé de Souza patrocinou acordos
com os índios, cujas consequências políticas, religiosas, antropológicas e
históricas influenciaram diretamente a vida brasileira, por mais de um século.
“Povo que não conhece a sua história, está fadado a repeti-la”.