Autora: Jonathan Tropper
Editora: Arqueiro
Páginas: 295
Estrelas: 4/5
Judd Foxman pode reclamar de tudo na vida, menos de tédio. Em questão de dias, ele descobriu que a esposa o traía com seu chefe, viu seu casamento ruir e perdeu o emprego. Para completar, seu pai teve a brilhante ideia de morrer. Embora essa seja uma notícia triste, terrível mesmo é seu último desejo: que a família se reúna e cumpra sete dias de luto, seguindo os preceitos da religião judaica. Então os quatro irmãos, que moram em diversos cantos do país, se juntam à mãe na casa onde cresceram para se submeter a essa cruel tortura. Para quem aprendeu a vida inteira a reprimir as emoções, um convívio tão longo pode ser enlouquecedor. Com seu desfile de incidentes inusitados e tragicômicos, Sete dias sem fim é o livro mais bem-sucedido de Jonathan Tropper. Uma história hilária e emocionante sobre amor, casamento, divórcio, família e os laços que nos unem – quer gostemos ou não.
Judd está tão ferrado.
Essa primeira constatação chegou rapidamente ao meu cérebro e conquistou minha atenção de cara. A narrativa em primeira pessoa feita por um homem é direta, ácida e desprovida de floreios diante das situações mais descabidas.
"- Ele pediu que cumpríssemos a Shivá.
- Quem pediu?
- De quem estamos falando? Papai! Ele queria que a gente cumprisse a Shivá.
- Papai morreu.
Wendy solta um suspiro, sugerindo que é definitivamente muito cansativo desbravar a densa floresta da minha estupidez."
Logo no início nos deparamos com a notícia da morte do pai de Judd, dada de forma sucinta por sua irmã Wendy, somada a esta informação ele descobre que a pedido do pai, toda família deverá cumprir a Shivá, que são sete dias de luto vividos juntos a contar do dia do enterro. Para muitas pessoas seria um alento, mas os Foxman não são conhecidos pela união.
E, claro, como todas as coisas podem conspirar contra, Judd não esta enfrentando muito bem a descoberta de que foi traído por sua bela esposa justamente com chefe babaca, esse fato em si é narrado de forma dramática e cômica dada as reações das personagens, por mais que sentisse com aquilo deixava o protagonista arrasado e amargo, algumas ocasiões simplesmente me faziam rir como louca.