Titulo: Cira e o Velho
Autor: Walter Tierno
Editora: Giz Editora
Páginas: 229
Estrelas: 4/5
Olá pessoinhas lindas!
Autor: Walter Tierno
Editora: Giz Editora
Páginas: 229
Estrelas: 4/5
Cobra Norato é um amante da vida. Pelas margens dos rios, espalhou paixões, filhos e filhas. Uma delas é Cira, que nasceu do ventre da bruxa Guaracy. Sua alegria de viver é tão intensa quanto seu ódio pelo homem que a deixou para morrer: o Velho.Domingos Jorge Velho é um caçador de homens. Ele toma a liberdade dos índios e a entrega aos brancos do além-mar. É um guerreiro, sem oura fé além do ouro e da propriedade.Cira caminha pelo país que surge, que é desbravado e desmatado. Ela persegue o rastro de Domingos.Em Palmares, os inimigos se enfrentarão e, nessa guerra, se descobrirá quem é o proprietário do novo mundo.
Olá pessoinhas lindas!
Hoje venho trazer para vocês a resenha do livro “Cira e o Velho” de Walter Tierno, em parceria com a editora Giz Editorial. Logo de começo gostei do livro, pois me lembrou da minha infância, dos tempos em que eu muito metida a moleca, me enfiava no meio dos meninos para jogar bafo. Nosso narrador fantasma, digo isso por que durante a história inteira fiquei em dúvida sobre quem ele era, e por muitas vezes pensei que pudesse ser o próprio autor, bom pode ser que seja mesmo, quem sabe? Acontece que esse personagem teve uma infância muito parecida com a minha, tirando o fato de que ele encontrou uma figurinha rara, cujo o personagem dessa figura era Cira, a figurinha em questão se tornou um tesouro a qual levou para a fase adulta.
Como seu fascínio era grande saiu em viagem para pesquisar e saber mais sobre a Heroína Cira.
Antes de entrar de cabeça na história e passar um pouco dessa aventura que vivi ao longo das 229 paginas, gostaria de dizer que a narrativa é intercalada entre primeira e terceira pessoa, isso causa certa estranheza do começo, mas passado esse primeiro impacto a história deslancha e esse deslize inicial quase fica esquecido, digo isso por que me senti confusa, e se esse livro não fosse fruto de uma parceria certamente teria perdido uma leitora e eu teria perdido a oportunidade de ler uma história maravilhosa.
"Escuridão. Cira não conseguia respirar. Sentia a terra tentando invadir suas narinas e boca. Mantinha os olhos fechado e podia apenas sentir pequenos corpos ásperos sob o seu, arrastando-a através do túnel escuro e apertado."
No entanto, achei a construção bem feita, pois o nosso amigo fantasma conhece Nhá, uma personagem com linguagem extremamente coloquial, que conheceu Cira. Nhá conta a história de Cira para ele, e esse passa a contar em terceira pessoa o que Nhá lhe contou. O problema é o excesso de detalhes no começo da narrativa em terceira pessoa, e a impressão que se tem é que o que está sendo contado não tem relação nenhuma com a proposta inicial, mas essa sensação aos poucos diminuí até sumir totalmente.