Título: O Porta-Retrato
Autor: Letícia Palmeira
Editora: Penalux (Contos)
Páginas: 82
Estrelas: 4/5
Livro: Cortesia da Editora Penalux
O Porta-retrato é uma coletânea de sete contos, nos quais Letícia Palmeira explora a temática do amor. Não o amor sereno, tranquilo, ingênuo, previsível, das flores e das cartas. Mas o amor verdade, em suas entranhas, em sua interface com tantas outras amarras do ser humano: a loucura, a posse, a introspecção, o autoritarismo.Mas não pense o leitor, amante de contos, que será capaz de predizer qualquer coisa. Não, não será. Parece que dominamos o enredo, mas o verdadeiro encanto na obra de Letícia está em nos surpreender, extirpando-nos a tentativa de prever cada um dos seus desfechos.
Li poucos livros de contos em toda minha vida, posso até mesmo contar nos dedos. E quando a editora Penalux me presenteou com o livro O Porta- Retrato vi uma oportunidade de conhecer melhor esse tipo de obra.
O Porta-Retrato é uma coletânea de sete contos que falam de um tipo de amor, um tipo diferente do amor que estamos familiarizados. Um amor que leva a loucura, ao autoritarismo, a insanidade.
Nesses sete contos vamos conhecer personagens doentios, loucos, complexos.
No primeiro conto Olívia vamos conhecer uma mulher solitária que se apaixona por seu vizinho de apartamento sem nunca ver seu rosto, apenas seus bonitos sapatos. Ela começa a enlouquecer quando seu amado vizinho começa a trazer mulheres de saltos alt para o quarto, pôde ouvir com os ouvidos grudados nas paredes o que ele fazia com essas mulheres, mas não era para elas estarem tomando seu lugar...
Olívia então resolve tomar uma atitude, algo horrível, mas que para ela não era nada demais... era liberdade.
Batian um homem casado se envolve com uma prostituta que se apaixona perdidamente por ele. Ela então vai morar em um apartamento ao lado do dele, o qual divide com sua esposa. Assim ele poderia ter suas duas mulheres por perto quando bem quisesse.
Bastian contava para a amante tudo o que fazia com sua mulher, até mesmo suas intimidades, mas ela o amava, ele a completava, mesmo sendo um canalha. Então um dia Bastian morre e algo é revelado.
Os contos Elisa e Olavo foram contos confusos para mim, não saberia falar deles aqui, em Olavo tudo foi ainda mais confuso, pois conta a história de um jovem que gostava de ficar recluso em seu quarto, coisa que seus pais odiavam, eles queriam que o filho saísse para vadiar (sim, foi essa a palavra usada no livro e outras absurdas de pais dizer sobre o filho ) até o dia que o garoto resolve sair com uns "amigos" o leitor fica então com os diálogos dos pais em casa orgulhosos tentando imaginar o que o filho foi fazer, se chegaria cheirando mulheres e álcool (como se isso fosse algo de se orgulhar) o final vocês precisam ler para saber, mas é loucura.
Melinda uma garota que ninguém ousava contrariar, faziam o que ela mandava sempre. Mas Carolina não estava dando o braço a torcer, as duas era loucas por Gustavo que era louco por Carolina, até que um dia em uma brincadeira Melinda escolheu Gustavo para beija-la (brincadeira que ela sabotou) e surpreendentemente ele negou o beijo, sem saber que estaria encrencado por ter feito a escolha errada.
Nesse conto o leitor acaba se surpreendendo com o final, não sei você, mas eu fiquei sem saber se Melinda era realmente o verdadeiro monstro, ou o narrador.
Em Augusto vamos conhecer um amor enlouquecedor, insano, doentio... Cecília se apaixona perdidamente por Augusto assim que ele aparece em sua porta com mudas de margaridas mandadas por sua mãe, vizinha de Cecília.
O namoro torna-se preocupante para a mãe da garota que vê Augusto ocupar a vida e alma da menina. Quando Augusto viaja sem avisar para a namorada, ela pira e sua mãe tenta abrir seus olhos, explicando que o namoro não era saudável. Quando o rapaz retorna, fica sabendo que Cecília estava proibida de vê-lo, mas isso não parecia empecilho para os amantes apaixonados... Então Augusto propões fugir com a amada que sem pensar aceita, no meio da viajem ela se vê ao lado de um Augusto completamente estranho que lhe causa medo e a faz duvidar dos seus sentimentos.
(Preciso dizer que fiquei confusa com o final)
O último conto dá título ao livro O Porta-Retrato, devo admitir que esse último e o primeiro foram os mais favoritos.
Em O Porta-Retrato conhecemos Hermeto e Verônica, os dois são como um, se amam e cuidam um do outro de forma única. Acabaram de chegar de Paris e resolveram ficar em uma casa grande, afastada de todos e frente ao mar, um lugar tranquilo para os dois. Um casal que querem somente a companhia de ambos. Ao decorrer do conto o leitor vai conhecendo um pouco sobre ambos, mas nada que realmente queremos saber é revelado... Até o final.
Nesse conto fiquei imaginando diversas coisas, até cheguei perto de uma delas, mas a cartada final me deixou bem surpresa.
Li o livro em dois dias, foi escolha minha, já que o livro é bem complexo (pelo menos foi para mim em alguns pontos) além de mexer com a imaginação e nos deixar, digamos que assustados com o que o amor pode "fazer" com pessoas talvez psicologicamente perturbadas, (talvez não seria essa a descrição correta, mas sabemos que o amor é capaz de mexer loucamente com a mente, corpo e alma de uma pessoa saudável, imagina o que o amor pode fazer com alguém com o psicológico fraco)
O amor pode ser lindo, doce, puro, inocente,mas também pode ser cruel, doentio... O amor pode levar a loucura completa.
Foi uma experiência maravilhosa. A escrita da autora é fluida, os contos são curtos, menos os dois últimos, principalmente o último que tem 30 páginas. Não encontrei erros de revisão no meu exemplar, gostei muito da diagramação por ser bem organizada, fontes em tamanho ótimo, assim como os espaçamentos.
Recomendo, principalmente para quem curte personagens complexos, leitura fluida e para quem quer fugir do normal, garanto que esse é um livro com histórias bem diferentes que vai grudar na sua cabeça e te fará pensar por dias sobre muitas coisas improváveis.
O Porta-Retrato é uma coletânea de sete contos que falam de um tipo de amor, um tipo diferente do amor que estamos familiarizados. Um amor que leva a loucura, ao autoritarismo, a insanidade.
Nesses sete contos vamos conhecer personagens doentios, loucos, complexos.
Olívia então resolve tomar uma atitude, algo horrível, mas que para ela não era nada demais... era liberdade.
Batian um homem casado se envolve com uma prostituta que se apaixona perdidamente por ele. Ela então vai morar em um apartamento ao lado do dele, o qual divide com sua esposa. Assim ele poderia ter suas duas mulheres por perto quando bem quisesse.
Bastian contava para a amante tudo o que fazia com sua mulher, até mesmo suas intimidades, mas ela o amava, ele a completava, mesmo sendo um canalha. Então um dia Bastian morre e algo é revelado.
Os contos Elisa e Olavo foram contos confusos para mim, não saberia falar deles aqui, em Olavo tudo foi ainda mais confuso, pois conta a história de um jovem que gostava de ficar recluso em seu quarto, coisa que seus pais odiavam, eles queriam que o filho saísse para vadiar (sim, foi essa a palavra usada no livro e outras absurdas de pais dizer sobre o filho ) até o dia que o garoto resolve sair com uns "amigos" o leitor fica então com os diálogos dos pais em casa orgulhosos tentando imaginar o que o filho foi fazer, se chegaria cheirando mulheres e álcool (como se isso fosse algo de se orgulhar) o final vocês precisam ler para saber, mas é loucura.
Melinda uma garota que ninguém ousava contrariar, faziam o que ela mandava sempre. Mas Carolina não estava dando o braço a torcer, as duas era loucas por Gustavo que era louco por Carolina, até que um dia em uma brincadeira Melinda escolheu Gustavo para beija-la (brincadeira que ela sabotou) e surpreendentemente ele negou o beijo, sem saber que estaria encrencado por ter feito a escolha errada.
Nesse conto o leitor acaba se surpreendendo com o final, não sei você, mas eu fiquei sem saber se Melinda era realmente o verdadeiro monstro, ou o narrador.
Em Augusto vamos conhecer um amor enlouquecedor, insano, doentio... Cecília se apaixona perdidamente por Augusto assim que ele aparece em sua porta com mudas de margaridas mandadas por sua mãe, vizinha de Cecília.
O namoro torna-se preocupante para a mãe da garota que vê Augusto ocupar a vida e alma da menina. Quando Augusto viaja sem avisar para a namorada, ela pira e sua mãe tenta abrir seus olhos, explicando que o namoro não era saudável. Quando o rapaz retorna, fica sabendo que Cecília estava proibida de vê-lo, mas isso não parecia empecilho para os amantes apaixonados... Então Augusto propões fugir com a amada que sem pensar aceita, no meio da viajem ela se vê ao lado de um Augusto completamente estranho que lhe causa medo e a faz duvidar dos seus sentimentos.
(Preciso dizer que fiquei confusa com o final)
O último conto dá título ao livro O Porta-Retrato, devo admitir que esse último e o primeiro foram os mais favoritos.
Em O Porta-Retrato conhecemos Hermeto e Verônica, os dois são como um, se amam e cuidam um do outro de forma única. Acabaram de chegar de Paris e resolveram ficar em uma casa grande, afastada de todos e frente ao mar, um lugar tranquilo para os dois. Um casal que querem somente a companhia de ambos. Ao decorrer do conto o leitor vai conhecendo um pouco sobre ambos, mas nada que realmente queremos saber é revelado... Até o final.
Nesse conto fiquei imaginando diversas coisas, até cheguei perto de uma delas, mas a cartada final me deixou bem surpresa.
Li o livro em dois dias, foi escolha minha, já que o livro é bem complexo (pelo menos foi para mim em alguns pontos) além de mexer com a imaginação e nos deixar, digamos que assustados com o que o amor pode "fazer" com pessoas talvez psicologicamente perturbadas, (talvez não seria essa a descrição correta, mas sabemos que o amor é capaz de mexer loucamente com a mente, corpo e alma de uma pessoa saudável, imagina o que o amor pode fazer com alguém com o psicológico fraco)
O amor pode ser lindo, doce, puro, inocente,mas também pode ser cruel, doentio... O amor pode levar a loucura completa.
Foi uma experiência maravilhosa. A escrita da autora é fluida, os contos são curtos, menos os dois últimos, principalmente o último que tem 30 páginas. Não encontrei erros de revisão no meu exemplar, gostei muito da diagramação por ser bem organizada, fontes em tamanho ótimo, assim como os espaçamentos.
Recomendo, principalmente para quem curte personagens complexos, leitura fluida e para quem quer fugir do normal, garanto que esse é um livro com histórias bem diferentes que vai grudar na sua cabeça e te fará pensar por dias sobre muitas coisas improváveis.
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirGosto de livros de contos, mas acho que esse não me agradaria.
Achei os contos um tanto confusos e as premissas que você narrou não me conquistaram. Mas talvez em o leia um dia, fiquei curiosa em saber o que de tão maravilhoso nele te conquistou.
Amei a resenha, beijos.
Realmente é bem complexo, mas acho que ainda assim vale a pena.
ExcluirQuem sabe um dia vc tope ler hahahah
Boa noite ❤
ResponderExcluirNão conhecia esse livro, mas amei o título,achei ele criativo.
Amei tudo o que tu falou, me deixou muito curiosa. Amo livros com esses temas que amor doentio não é amor. Pelo que lembro, nunca li nenhum livro de conto e esse já vai pra lista.
Beijos
Oi Taty eu sou apaixonada pela escrita da Letícia, ela é um amor de pessoa que sempre em seus livros desperta meu interesse e me faz refletir muito mesmo, quero muito ler esse livrinho dela, adoro contos.
ResponderExcluirBeijinhos
Oi!
ResponderExcluirNada contra, ou muito a favor, sobre contos mas admito que fiquei extremamente curiosa com esse livro pois a sua descrição dos contos foi muito mais além do que a sinopse e mostrou uma obra repleta de situações extremas. Gostei muito da dica e com certeza irei adicioná-la aos meus desejados.
Beijos!
Amei "a obscena necessidade do verbo". Acho que vou gostar de O porta-retrato. Acho? Estou certa de que...
ResponderExcluirOlá! Gosto de contos e fiquei curiosa para ler esse livro, já que são contos com histórias surreais né, aquele dos pais me deixou confusa também. Gostei da capa, parabéns pela resenha, ficou ótima e obrigada pela dica, beijos!
ResponderExcluirEntre Livros e Pergaminhos
Obrigada pela resenha, Taty. Esse retorno de leitoras como você é muito importante para mim. Fico feliz que tenha gostado do Porta-Retrato. Beijo pra você.
ResponderExcluirOlá! Ainda não conhecia o livro mas despertou minha curiosidade. Gosto de histórias com essa temática. Achei bonita a capa. Vou anotar a indicação. bjo
ResponderExcluirOi Taty, realmente, o amor tem todas estas fazes, e saber que a autora conseguiu passar isso para seus contos é ótimo. Quero ler também.
ResponderExcluirBjs, Rose
Adoro livros de contos! Estou sempre em busca daquele livro que contem várias histórias curtas e apaixonantes. Alguma coisa em contos me atrai de um jeito inexplicável ahaha Não conhecia o livro nem a autora, mas já anotei a dica. Fiquei bem curiosa em relação ao primeiro conto, O Porta-Retrato! Adorei sua resenha e a forma como você resumiu cada história. Ah! Adorei as fotos do post!!
ResponderExcluirhttp://nostalgiacinza.blogspot.com/