Título: Tijolos Poéticos
Autor: Leandro Israel
Editora: Autografia
Páginas: 161
Estrelas: 3/5
Livro: Cedido pelo autor
Autor: Leandro Israel
Editora: Autografia
Páginas: 161
Estrelas: 3/5
Livro: Cedido pelo autor
Amigo leitor, ao ler todas as mensagens e absorvê-las no interior de sua essência, não tenha dúvidas: você é um (a) proprietário (a) da obra Tijolos Poéticos. A elaboração deste livro tem o intuito de levar ao seu lindo coração, os pensamentos e sentimentos mais sublimes que alguém pode conhecer. Pensamentos e sentimentos capazes de transformar positivamente sua existência, para que seja, sobretudo, proprietário (a) de si mesmo (a). Meus profundos agradecimentos pela atenção.
Olá, caros leitores!
Já fazia certo tempo que eu não tinha a oportunidade de comentar sobre um livro de poemas aqui, por isso fico feliz que a leitura do livro do Leandro Israel me permitiu relembrar novamente o quanto gosto deste gênero literário. Inclusive, este é um gênero que considero um pouco difícil de ser resenhado, pois nele o sentimento acaba ficando muito mais explícito do que nos demais gêneros, e isso acaba impossibilitando uma interpretação tão literal a respeito do que o autor quis dizer com aquilo.
Tijolos Poéticos me proporcionou uma boa leitura e a reflexão sobre alguns assuntos de caráter bem pessoal, mas infelizmente também preciso comentar quais foram os incômodos que tive ao longo do livro. O principal deles foi a temática dos poemas, que acabei achando um pouco indefinida. A maioria dos textos traz verbos no imperativo, provocando a sensação de que o autor busca impulsionar o leitor para que tome atitudes que podem transformar sua vida, mas por este recurso ser usado inúmeras vezes, ele acabou se tornando um pouco repetitivo para mim.
Gostaria que os poemas apresentassem uma temática melhor delimitada, pois infelizmente eles acabaram me parecendo muito parecidos uns com os outros devido à imprecisão dos assuntos abordados. Entretanto, nem todos os poemas têm um tema tão amplo, alguns foram mais específicos em suas abordagens, e estes foram os que eu gostei mais.
Eu demorei algumas semanas na leitura deste livro, muito mais do que eu esperava, então este é um livro que eu não recomendo para aqueles que buscam uma leitura mais rápida. É possível ler o livro em um dia, é claro, mas acredito que a sensibilidade que o autor quis empregar nos poemas exige que o leitor desfrute o livro com mais paciência, até mesmo porque a imprecisão dos temas dos poemas faz com que uma leitura muito rápida do livro se torne cansativa. Entretanto, alguns pontos me chamaram a atenção na obra de Leandro Israel, por isso gostaria de destacá-los aqui.
Acróstico
Vocês sabem o que é um acróstico? Trata-se de uma brincadeira na qual você escreve uma expressão em linha vertical, e em seguida tenta escrever frases horizontais começando com cada letra utilizada na expressão de início. Este é o principal recurso utilizado pelo autor para a criação de seus poemas. Admito que achei a ideia muito criativa, pois nunca tinha visto acrósticos como poemas antes.
“Melhor refletir é o caminho pensado,
Um mundo repleto de luz ganha vida,
Demita do peito essa imensa ferida,
E então haverá mais nobreza em seu ato.” (pág. 25)
Soneto
Além dos acrósticos, o poeta também faz uso da estrutura dos sonetos em sua obra. Ou seja, além da preocupação que teve em pensar como iniciar frases com cada letra da expressão escrita verticalmente nos acrósticos, ele também precisou se preocupar em escolher expressões que tivessem exatamente catorze letras, já que cada letra corresponde a um verso do poema, e os sonetos são poemas compostos por precisamente catorze versos.
Linguagem
Apesar da linguagem simples e objetiva, o poeta utilizou um vocabulário muito bonito e autêntico. E quando eu digo autêntico, quero dizer que muitas vezes me deparei com palavras que eu ainda não tinha visto sendo usadas em outros lugares, mas que pude observar que foram empregadas em vários dos poemas da obra, o que me fez pensar que a naturalidade que o autor teve para incorporar estas palavras à obra é o que faz com que a sua linguagem seja tão própria e caracterizadora, pois se torna bastante fácil enxergar que o autor do poema A também é o autor do poema B devido às semelhanças estabelecidas entre os dois pelas palavras usadas.
“Da mídia imoral que se prende ao dinheiro,
Inventos magníficos moldam vidência,
Trituram nos quadros da bela aparência
As nobres essências em ritmo rasteiro.
Deslumbram os seres no seu verdadeiro
Umbral a esconder o que existe na essência,
Regulam ações em favor da indecência,
As almas conduzem sem dó ao chiqueiro.” (pág. 42)
Capa
Achei a capa extremamente condizente com a proposta do livro. Apesar de simples, os tijolos fazem referência tanto ao título da obra, quanto à junção que temos entre acróstico e poesia, que funcionam como ferramentas de “construção” um do outro. É raro que eu encontre um livro no qual a capa me pareça tão referente à obra, mas este é um exemplo óbvio disso.
“Malignos pensares que agridem certezas,
Obtém confiança através de sorrisos,
Nos tratos tão finos parecem precisos,
São monstros latentes em mil sutilezas.
Transitam nas ruas das falsas levezas,
Resistem a todos os toques mais lisos,
Ostentam beleza nos textos concisos,
Semântica fértil nas vis naturezas.” (pág. 55)
Temas
Como eu disse, a maioria dos poemas tem uma temática bem inespecífica, que me pareceu até um pouco cansativa em certos momentos, devido à grande quantidade de poemas que me pareceram muito vagos. Gosto de poemas que expressam ideias mais abstratas, mas neste livro a excessiva quantidade deles me desagradou. Entretanto, entre os poemas mais específicos, gostei bastante de alguns que trazem a temática do trabalho degradante e da desigualdade de classes.
Espero que
tenham gostado de saber mais sobre esse livro! Se alguém aí já o conhecia ou se
sentiu interessado a ler, conta pra gente aí nos comentários! :D
Eu amo poesia sou muito suspeita em falar. Já gostei da capa, do título e o tema parece ser daqueles pra levantar o astral. Anotado aqui.
ResponderExcluirBjs
Oi!
ResponderExcluirEu não sou muito uma leitora de poesias, acabo ficando um pouco perdida nelas porque infelizmente não consigo captar tudo que eu autor propoe, todos os sentimentos..
Mas achei bem interessante a proposta desse, mesmo que em alguns o tema não tenha sido tão claro.
Eu não sou muito uma leitora de poesias, acabo ficando um pouco perdida nelas porque infelizmente não consigo receber.tudo que eu autor propoe, todos os sentimentos.. assim como a Sabrina finoti falou, mas amo ler e colocar nos meus livros poesias.
ResponderExcluirBeijos Laina suzan( autora laina suzan)
Olá!
ResponderExcluirNão sou fã de poemas, mas aplaudo de pé quem os escreve, pois pra escrever uma estrofe simples, dá trabalho. Saudades dos acrósticos. Há anos que não ouço falar, fazia muitos quando eu estudava na segunda série, mas sempre ficava incompleto, pois eu fazia com adjetivos e ter um nome começado com K nunca ajudou hahahaha
Oi Jéssica!
ResponderExcluirEu não tenho o hábito de ler poemas, gosto muito de prosa do que de versos. Mas achei interessante a proposta do livro e gostaria muito de ler. Quem sabe não mudo de opinião?
Bjs!